Mato Grosso do Sul vai receber o maior investimento privado do país nos próximos três anos. A Suzano anunciou ao mercado nesta quarta-feira (12) que vai investir R$ 14,7 bilhões na construção de uma nova indústria de celulose. O Projeto Cerrado será instalado em Ribas do Rio Pardo e terá capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano.
A previsão é de que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2024 e até lá o município deve receber mais de 10 mil trabalhadores na fase de obras. O anúncio representa uma importante conquista para o Governo do Estado, que dentro da política de atração de investimentos e ambiente de negócios, tem trabalhado para atrair indústrias e consequentemente agregar valor à produção e gerar empregos.
Em videoconferência entre a diretoria da Suzano e o Governo do Estado, com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Paulo Corrêa, o governador Reinaldo Azambuja e o presidente da Suzano, Walter Schalka, assinaram um protocolo de intenções, onde assumem os compromissos pertinentes à instalação da indústria. A terraplanagem no município já começou, gerando intensa movimentação econômica no município de 25 mil habitantes.
“Nosso governo preparou Mato Grosso do Sul para diversificar sua economia e se transformar em um novo celeiro de oportunidades de negócios. Temos investido em infraestrutura e, com isso, garantido competitividade às nossas commodities. Nosso programa de incentivos fiscais tem gerado milhares de empregos e atraído mais indústrias, mantendo o ritmo do crescimento econômico uniforme em todo o Estado. O anúncio da Suzano de construção da fábrica em Ribas do Rio Pardo demonstra que estamos no caminho certo, transformando Mato Grosso do Sul em um Estado de oportunidades para todos, com sustentabilidade e qualidade de vida para nossa população”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
Secretário Estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel ressaltou que o Governo está construindo todas as condições necessárias para a implantação do Projeto Cerrado, que vai mudar o perfil econômico de Ribas de Rio Pardo. “Temos projetos de infraestrutura e logística que vão potencializar o escoamento da produção e dar condições da unidade operar por completo. Embora o projeto seja para Ribas do Rio Pardo, todo a região será beneficiada, como os municípios de Campo Grande e Água Clara”, ponutou.
O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) lembrou que Mato Grosso do Sul é o segundo Estado no Brasil na produção de eucaliptos, com mais de 1,7 milhão de hectares plantados.
“A implantação da Suzano em Ribas do Rio Pardo vai transformar a região. A nossa quarta indústria de celulose no Estado, além de gerar milhares de empregos no período de obra e quando estiver concluída, é o modelo de empreendimento sustentável que estamos fomentando para o nosso Estado, seguindo o conceito de indústria 4.0, com autossuficiência em energia limpa e outras práticas de ESG”, destacou o titular da Semagro.
Segundo o presidente da Suzano, Walter Schalka, a nova fábrica representa um importante avanço na estratégia de longo prazo da empresa. “A Suzano já está presente na vida de mais de 2 bilhões de pessoas a partir de seus produtos e, como líder global, está comprometida em atender à crescente demanda global por produtos de origem renovável. Este projeto também trará uma relevante contribuição na geração de renda e emprego, bem como na capacidade de captura de carbono advinda da expansão da base florestal”, afirmou.
Prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo destacou que este 12 de maio de 2021 representa um dia histórico para a cidade. “Fica no passado uma história de economia privada, para novos tempos de industrialização sustentável. Mais dignidade e qualidade de vida para os moradores, a partir da geração de empregos e movimentação econômica. Cabe a Ribas do Rio Pardo comemorar hoje a chegada de novos tempos.
Outro ganho a ser proporcionado pela nova fábrica para mitigar os efeitos das mudanças climáticas está relacionado ao aumento da oferta de geração de energia renovável no Brasil. A planta terá capacidade para exportar aproximadamente 180 MW médios ao sistema elétrico nacional. A nova unidade caminha para ser a primeira fábrica do setor de papel e celulose no Brasil, considerada livre de combustível fóssil, um novo marco da Suzano em ecoeficiência, que evidencia o compromisso com a sociedade e com o planeta.