A deputada Rose Modesto passou o dia tentando justificar o porquê de ter votado para aumentar para R$ 5,7 bilhões o Fundo Eleitoral destinado para campanhas políticas. Ela, Beto Pereira , Bia Cavassa e Luiz Ovando foram os deputados do MS que contribuíram para aprovação do projeto que revoltou a população brasileira. O fato é que o famoso: “vai que cola” dos deputados não colou. A população, quase sempre calada, se revoltou e cobrou explicações. Vendo que as coisas não saíram como o esperado, os deputados que votaram a favor agora tentam justificar o injustificável, uma missão muito difícil para alguns. Rose Modesto é uma das que têm mais dificuldade de dizer que não sabia o que estava aprovando.
Ela é integrante da Mesa Diretora da Câmara, onde ocupa a 3ª Secretaria, o que lhe garante um bom conhecimento sobre regimento interno, suficiente para não dizer que votou sem saber. O fato é que a tentativa de triplicar o valor do fundo eleitoral, em um período onde o País sofre com mortes pela Covid e pouca ajuda do Governo Federal para vencer a crise, criou uma rejeição aos parlamentares que aprovaram o pacotão. Faltando pouco mais de um ano para eleição, já de olho na reeleição, os deputados viram com bons olhos a possibilidade de mais dinheiro em caixa.
Só não contavam com a revolta popular, que parece estar mais atenta as questões políticas e desejos, nada modestos, de seus representantes. Os parlamentares que foram a favor de triplicar o valor do fundão alegam que votaram o pacotão para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Do outro lado, parlamentares que são contra o aumento recorreram ao STF para anular a votação. O presidente Jair Bolsonaro disse que vai vetar o projeto, aprovado por sua base, incluindo seus filhos.