Os professores da Rede Municipal de Ensino paralisaram as atividades nesta terça-feira, 29, para acompanharem de perto as tratativas da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), com a Prefeitura de Campo Grande. O sindicato quer o cumprimento do combinado com o então prefeito, Marquinhos Trad (PSD), reajuste de 10,39% no salário da categoria já no mês de dezembro.
Uma assembleia está marcada para esta terça-feira, 30, quando apresentarão a proposta do Poder Executivo e decidirão se entram ou não em greve. Na última reunião, na sexta-feira, a ACP já havia informado que a categoria poderia entrar em greve no dia 1º de dezembro. Na reta final do ano letivo, alunos da Rede Municipal de Ensino estão há três dias sem aulas.
Adriane Lopes estuda uma saída para atender os professores e não cometer irregularidades nas finanças, que poderia levar a cassação do mandato. Além dos 10,39% deste mês, está previsto ainda reajuste de R$ 4,78% para todos os servidores, já para o pagamento em janeiro.
Em abril, Marquinhos Trad, em reunião com a ACP, condicionou o reajuste ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 51,3%. Esta é a defesa utilizada pela Prefeitura para dizer que não pode efetuar o pagamento, por correr risco de responder por improbidade administrativa.
Segundo a Prefeitura, com os dois valores de reajuste, só dos professores, o aumento na folha, a partir de dezembro, seria de R$ 10.014.000,00 (dez milhões e quatorze mil).
Considerando apenas a reposição da inflação, que foi oferecido até o momento, a folha fecharia em 57% (referente ao aumento de abril de 5,03% e dezembro de 4.78,91% – de todos os servidores). Ainda assim, estaria acima do limite prudencial.