Dois adolescentes, de 15 anos anos, foram apreendidos nesta segunda-feira (6), suspeitos de agredir e praticar bullying contra Carlos Teixeira, de 13, que morreu dias após outros estudantes pularem sobre as costas dele dentro de uma escola estadual em Praia Grande (SP). Conforme apurado pelo g1, os menores foram encaminhados à Fundação Casa e colocados à disposição da Justiça.
Carlinhos morreu após sofrer três paradas cardiorrespiratórias no último dia 16, quando estava internado na Santa Casa de Santos (SP). Um vídeo, obtido pelo g1, mostra o jovem sendo agredido dentro de um banheiro da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, no dia 19 de março. Ele precisou de atendimento médico após outros meninos pularem nas costas dele, em 9 de abril, na unidade.
Conforme apurado pela equipe de reportagem, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) representou pela apreensão dos dois adolescentes por conta da prática de bullying somada à agressão registrada em vídeo no dia 19 de março (assista no topo da matéria).
A Polícia Civil cumpriu os mandados de busca e apreensão aos menores na manhã desta segunda-feira (6), também em Praia Grande (SP). A ação policial foi registrada no 1º Distrito Policial da cidade. Apesar das apreensões, a corporação ainda investiga a agressão sofrida pela vítima no dia 9 de abril.
Carlos Teixeira
O adolescente morreu em 16 de abril, na Santa Casa de Santos. O pai dele, Julisses Fleming, afirmou que o filho era saudável e acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida. Segundo apurado pelo g1, o caso foi registrado na Polícia Civil e a causa da morte ainda está sendo investigada.
Julisses afirmou que os médicos disseram que a suspeita era de que a causa da morte seria uma infecção no pulmão. Em nota, a Santa Casa de Santos confirmou a transferência da UPA Central, mas disse não ter autorização para dar mais informações sobre o caso.
O g1 teve acesso à declaração de óbito de Carlos Teixeira, que apontou a causa da morte como: broncopneumonia bilateral. O documento servirá como ‘base’ para o atestado de óbito, que pode apontar a morte em decorrência de agressões, e que leva de 30 a 90 dias para ficar pronto (confira, mais adiante, a explicação de um médico)