Os advogados do PSDB e do suplente de vereador Gian Sandim (PSDB) ingressarão com um mandado de segurança na tarde desta terça-feira (14) contra a decisão do presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão.
A decisão em questão deu posse ao suplente de vereador Dr. Lívio (União Brasil) na vaga que era ocupada pelo vereador Cladinho Serra (PSDB).
Segundo Sandim e os tucanos, a vaga pertence ao partido, e não à pessoa, e, portanto, Lívio não poderia assumir a vaga. Lívio já integrou os quadros do PSDB, mas deixou o partido rumo ao União Brasil, cuja pré-candidata a prefeita será Rose Modesto, rival do tucano Beto Pereira, pré-candidato a prefeito e também deputado federal.
A interpretação do jurídico de Sandim, composto por advogados como Mansour Karmouche, Régis Santiago e Márcio Torres, é de que, embora Lívio tenha mudado de partido durante a janela partidária, isso não faria sentido, pois ele sequer tinha mandato de vereador nesse período, o qual, na visão da banca, pertence ao PSDB e não ao União Brasil.
laudinho Serra, que também era suplente, assumiu a vaga após a renúncia de Ademir Santana (PSDB) no ano passado.
Carlão, por sua vez, antecipou uma decisão que tomaria em abril. Há pouco mais de um mês, ele disse que consultaria o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) para que a corte informasse de quem era a vaga, de Lívio ou de Sandim. Entretanto, o órgão é julgador, e não consultivo. E pior: caso emitisse algum parecer, poderia antecipar o julgamento de uma demanda futura, que é o que ocorrerá agora.
Claudinho está afastado por 30 dias por motivos médicos. Ele é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, devido a acusações feitas pelo Ministério Público no período em que era Secretário de Fazenda de Sidrolândia.