Durante evento para mobilização de vacinação contra a gripe, realizada neste sábado (11), a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), deu um “ultimato” aos responsáveis pelas farmácias municipais que não cumprem com o dever de informar a falta de medicamentos essenciais no sistema de abastecimento da Capital.
Em uma postura enérgica, a prefeita reforçou que o estoque de medicamentos de Campo Grande está completo e pediu a colaboração dos servidores para garantir o acesso dos cidadãos aos tratamentos necessários, alertando sobre as consequências para aqueles que negligenciarem as responsabilidades.
“Eu cheguei em uma farmácia e tinha acabado de vir do almoxarifado e lá tinha a medicação, mas o responsável da farmácia não tinha solicitado, então o que a gente vai fazer? Eu pedi para a secretária acompanhar os responsáveis pelas farmácias porque o papel deles é alimentar o sistema para que lá na central, onde faz a distribuição da medicação, envie o remédio para aquela unidade. Agora se houver um boicote de uma farmácia não solicitando, não colocando no sistema que não tem a medicação, nós vamos ter que trocar os profissionais, porque isso já aconteceu”, disse a prefeita Adriane Lopes.
Questionada sobre possíveis medidas a serem tomadas em relação aos profissionais negligentes, a prefeita afirmou que avaliações estão em curso. “Nós avaliamos. Entendemos o porquê que aquela pessoa não havia alimentado o sistema e foi um problema de não alimentação. Ele deixou pro final do dia e eu cheguei na parte da manhã”, explicou.
Apesar dos desafios enfrentados, a prefeita assegurou que não há uma escassez generalizada de medicamentos na rede municipal. “Tem 84% da medicação devida na rede, os outros que não tem, hoje 16%, é porque não tem os insumos para que a gente possa comprar a medicação. São os fabricantes que não tem no fornecedor, mas a gente está em busca, nós estamos em busca de atas em todo o Brasil para alimentar todo o sistema e o nosso estoque de medicação”.
A prefeita concluiu a declaração informando que foi presencialmente verificar uma unidade de saúde e reforçou que não vai tolerar negligencias dos servidores. “Ontem estive na USF Popular. Não avisei, cheguei, entrei, cumprimentei e fui até a farmácia. A farmácia tinha todas as medicações. Quando falam que não tem dipirona, isso não é verdade. Temos estoque de dipirona, losartana. E caso algum responsável pela farmácia não esteja abastecendo o sistema, não vamos tolerar. Não podemos negligenciar a saúde”, finalizou.