Em mais uma de suas declarações controversas, o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descreveu os abrigos no Rio Grande do Sul como uma “espécie de paraíso” para as pessoas que perderam suas casas em meio às enchentes. A fala foi proferida nesta quarta-feira (15), durante visita do petista ao estado.
“Eu fico imaginando essa gente que está aí. Mulheres com crianças, mães que não têm marido, que têm dois, três filhos, que perderam sua casinha. Qual a expectativa que eles têm? “Hora que secar, que tiver que voltar, vou voltar para onde? Não existe mais o lugar que eu ficava, se existe, está quase insuportável”. Então, [para] as pessoas na verdade termina sendo, o abrigo, uma espécie de paraíso”, declarou.
O chefe do Executivo disse ainda que, nos abrigos, as pessoas têm acesso ao menos à alimentação e assistência.
“Não tenho para onde ir, pelo menos aqui eu estou segurado (sic), recebendo comida, água, assistência médica, assistência social. E quando terminar? O prefeito fala: “Olha, a água foi embora, a cidade está limpa, cada um volta para sua casa”. Alguns voltarão, e outros perguntarão: “Que casa?””, acrescentou.
‘Presidente imbecil?’ – Lula diz que se espantou com quantidade de gente negra no RS
Essa não foi a única declaração polêmica do chefe do Planalto em São Leopoldo nesta quarta. O presidente também disse que se espantou com a quantidade de gente negra no estado.
“Eu falei para a Janja domingo: “É impressionante, eu não tinha noção que no Rio Grande do Sul tinha tanta gente negra”. E, no Fantástico [da TV Globo], apareceu muita gente, eu falei: “Não é possível””, assinalou.
Durante sua visita à cidade, Lula prometeu que todo mundo que perdeu a casa vai ter uma “casinha”. Ele viajou ao território gaúcho acompanhado de dez ministros, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, além da primeira-dama Janja.