Os senadores Tereza Cristina (PP-MS) e Ciro Nogueira (PP-PI) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (Redes sociais/Reprodução)
Os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS), dois dos principais nomes do partido, reuniram-se nesta quarta-feira, 10, com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
posou para fotos na sede do PL e, segundo interlocutores, a investigação sobre as joias sauditas envolvendo Bolsonaro e ex-auxiliares não foi mencionada na conversa. Isso porque o encontro, marcado
desde a última semana, teve como objetivo discutir estratégias para as eleições municipais deste ano.
Em Campo Grande, reduto de Tereza Cristina, movimentações envolvendo o PP e uma aliança do PL com o PSDB têm inflamado a disputa. O encontro desta quarta-feira teria sido uma forma de demonstrar que
apesar das costuras em nível municipal, o PP está com Bolsonaro. Tanto Ciro quanto Tereza foram ministros do ex-presidente, chefiando as pastas da Casa Civil e da Agricultura, respectivamente.
Na última semana, o partido de Bolsonaro indicou apoio ao pré-candidato do PSDB à prefeitura da capital sul-mato-grossense, Beto Pereira. O acordo, dizem aliados, foi costurado pelo
ex-governador do estado Reinaldo Azambuja (PSDB), que deve migrar para o PL e pleitear uma vaga no Senado em 2026. A decisão da cúpula do PL enfureceu o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS),
que publicou um vídeo dizendo que jamais apoiaria um tucano e lançando-se pré-candidato à vaga. O posicionamento fez com que a direção do partido o afastasse do comando estadual da sigla.
O PP de Ciro e Tereza também tem um nome à prefeitura de Campo Grande, a atual prefeita Adriane Lopes (PP). O PL, inclusive, havia sinalizado anteriormente que apoiaria a reeleição de Adriane, escolha
escolha de Tereza Cristina, mas acabou mudando de posicionamento após as negociações entre Azambuja e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Eleições
A eclosão de mais um escândalo envolvendo Bolsonaro acendeu o alerta no PL. Como mostra a edição de VEJA desta semana, o partido tem como meta eleger número recorde de prefeituras neste ano,
a princípio com candidaturas embaladas pela popularidade do ex-presidente.