Em uma ação que reacende debates sobre soberania regional e segurança hemisférica, os Estados Unidos iniciaram o envio de tropas para a América Latina com o objetivo declarado de combater cartéis de drogas considerados ameaças à segurança nacional americana. A operação foi autorizada por uma ordem secreta do presidente Donald Trump, que designou organizações como o Cartel de Sinaloa (México), o Tren de Aragua (Venezuela) e o MS-13 como “organizações terroristas globais”.
A ofensiva inclui o deslocamento de forças aéreas e navais para o sul do Mar do Caribe, região estratégica para o combate ao tráfico de drogas. O Departamento de Defesa dos EUA iniciou a mobilização de ativos militares para enfrentar grupos criminosos como o Cartel de Sinaloa e o Tren de Aragua. Além disso, o governo americano tem intensificado a vigilância aérea sobre cartéis mexicanos para coletar inteligência e determinar as melhores estratégias de combate.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que foi informada da ordem, mas garantiu que não haverá operações militares americanas em solo mexicano. No entanto, o México transferiu recentemente 26 membros de cartéis para os Estados Unidos, uma ação que analistas sugerem ter sido motivada por pressões da administração Trump.
O Brasil, por sua vez, não está incluído na operação, embora Washington tenha pressionado o governo brasileiro a classificar grupos como o PCC como organizações terroristas.
A decisão de enviar tropas para a América Latina levanta questões legais e diplomáticas, especialmente em relação à soberania dos países afetados. Especialistas alertam para o risco de tensões diplomáticas e possíveis vítimas civis, caso as incursões militares se concretizem. A iniciativa também reacende memórias de intervenções passadas dos EUA na região, muitas vezes criticadas por seus impactos sociais e políticos.
A operação militar dos EUA na América Latina marca uma escalada significativa na política externa americana, com implicações profundas para a segurança regional e as relações diplomáticas. Enquanto Washington busca combater o tráfico de drogas e proteger suas fronteiras, a resposta dos países latino-americanos e a comunidade internacional será crucial para determinar o futuro dessa intervenção.








