O governo dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira (15) cancelar os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um dos principais nomes do lulopetismo e defensor histórico do programa Mais Médicos — criticado por submeter médicos cubanos a um regime de trabalho considerado exploratório. A decisão, comunicada pelo Consulado-Geral dos EUA em São Paulo, foi justificada com base em novas informações que tornariam ambas “inelegíveis” para manter a permissão de entrada no país.Padilha, que não possui visto válido desde 2024, classificou a medida como “covarde” e direcionou ataques ao chamado “clã Bolsonaro”, acusando-os de “orquestrar” a ação. Em tom inflamado, o ministro questionou: “qual o risco que uma criança de 10 anos pode representar para o governo americano?”. A fala, no entanto, ignorou o fato de que a decisão não foi isolada, mas parte de uma ofensiva diplomática mais ampla contra aliados de regimes autoritários.A medida atinge diretamente figuras ligadas ao Mais Médicos, programa criado em 2013 no governo Dilma Rousseff e conduzido por Padilha, que trouxe milhares de profissionais cubanos ao Brasil em condições criticadas internacionalmente por violar direitos trabalhistas. Entre os atingidos, estão ex-servidores como Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, apontados pelo Departamento de Estado norte-americano como participantes de um “esquema coercitivo de exportação de mão de obra” que beneficiou o regime comunista de Havana.O cancelamento dos vistos ocorre em um momento em que o governo Biden intensifica sanções contra políticos e autoridades brasileiras associados a programas que fortalecem laços com ditaduras socialistas. Recentemente, ministros do Supremo Tribunal Federal e integrantes do governo Lula também entraram na mira de Washington.Apesar das reações indignadas de Padilha, analistas apontam que a medida sinaliza um recado claro: o alinhamento automático do Brasil com regimes como o de Cuba e China não ficará sem custo. No tabuleiro internacional, a diplomacia norte-americana demonstra que valores como liberdade e direitos humanos ainda pesam — e que alianças ideológicas podem cobrar um preço até dentro das famílias do alto escalão petista.—Se quiser, posso também fazer uma versão estendida incluindo o histórico completo do Mais Médicos e como essa conexão com Cuba gerou atritos com os EUA desde 2013.
