O governo de Luiz Inácio Lula da Silva já consumiu quase R$ 1 bilhão apenas em viagens oficiais nos sete primeiros meses de 2025. Os dados oficiais do Painel de Viagens a Serviço da União, administrado pelo Ministério da Gestão e Inovação, apontam que até 15 de agosto foram gastos R$ 590,5 milhões em diárias e R$ 364,2 milhões em passagens aéreas — totalizando R$ 960 milhões.
A cifra expõe o apetite do atual governo por deslocamentos, sejam nacionais ou internacionais, contrastando com a narrativa de austeridade pregada pelo Planalto. Para efeito de comparação, nos quatro anos de Jair Bolsonaro (2019–2022), os gastos totais com viagens somaram R$ 4,15 bilhões. Já Lula, em apenas dois anos e meio, ultrapassou a marca dos R$ 4,5 bilhões, superando todo o período do antecessor.
Em 2023, o primeiro ano do mandato, o Planalto bateu recordes: foram R$ 3,3 bilhões, com R$ 1,9 bilhão em diárias e R$ 1,4 bilhão em passagens e locomoções. O ano seguinte, 2024, não ficou atrás: R$ 3,58 bilhões, valor mais alto da década, mesmo com a crise fiscal e os discursos sobre responsabilidade orçamentária.
O ritmo em 2025 indica que esse novo recorde pode ser superado. Somente em janeiro, os cofres públicos bancaram R$ 13,2 milhões em viagens, sendo R$ 7 milhões em passagens e R$ 6,1 milhões em diárias. Mais grave: 13% desse valor foi destinado a viagens internacionais, reforçando a marca de um presidente que passa mais tempo fora do país do que enfrentando os problemas internos.
O governo tenta justificar os gastos alegando que as viagens garantem “atração de investimentos”. A Secom chegou a citar previsões de R$ 748 bilhões em aportes prometidos em agendas no exterior. Mas na prática, especialistas apontam que os resultados concretos ainda não se materializaram e que o custo-benefício é duvidoso, principalmente quando o Brasil convive com desemprego, aumento de impostos e cortes em áreas essenciais como saúde e segurança.
Outro fator que ajuda a explicar a disparada das despesas é o inchaço da máquina pública. Lula ampliou o número de ministérios de 23 para 38, multiplicando o volume de servidores, assessores e autoridades com direito a diárias e passagens custeadas pela União.
A gastança, típica de governos de esquerda que tratam o erário como patrimônio pessoal, levanta questionamentos sobre prioridades. Enquanto a população enfrenta inflação nos alimentos, violência crescente e estagnação econômica, o Planalto privilegia agendas internacionais, palanques diplomáticos e luxo em deslocamentos.
O contraste é evidente: um governo que prega “inclusão social” e “combate à fome”, mas que não hesita em torrar bilhões com viagens, transformando o Brasil em um palco de ostentação oficial às custas do contribuinte.








