A Prefeitura de Campo Grande lançou nesta terça-feira (30), no Teatro do Paço Municipal, o “Centro em Ação”, projeto que integra segurança, inovação, economia e direitos sociais com o objetivo de restaurar o protagonismo vivido pelo centro da cidade. Com presença da prefeita Adriane Lopes, autoridades estaduais e municipais, representantes do setor privado, acadêmico e da sociedade civil, a iniciativa busca reverter o cenário de abandono, baixa circulação de pessoas e degradação de espaços públicos.
Segurança reforçada e presença visível
Uma das frentes centrais do plano é o programa Ronda Segura, que pretende tornar as ações da Guarda Municipal no Centro mais efetivas. Será instalada nova sede para a Secretaria de Segurança na antiga rodoviária, além de um Centro Integrado de Operações equipado com 220 câmeras monitorando 24 horas a região central. Estudos já apontam reduções significativas: na Morada dos Baís, por exemplo, furtos caíram mais de 50% em agosto deste ano se comparado ao mesmo mês de 2024.
Parcerias e investimentos privados como alavanca
O Centro em Ação aposta forte na união entre setor público e privado para destravar novos investimentos. Dois empreendimentos de peso já foram anunciados:
O Hospital Hapvida destinará R$ 100 milhões ao centro da cidade, com geração de 456 empregos diretos.
O Hotel Slaviero investirá R$ 60 milhões e deverá criar 100 empregos diretos.
Além desses, o Hotel Campo Grande passará por reformas e reabertura prevista para 1º de dezembro, com iluminação especial de fachada e projeções natalinas para atrair visitantes e movimentar o comércio local.
Revitalização urbana, patrimônio e inclusão social
Não se trata apenas de segurança ou economia. O plano abrange também recuperação e valorização do patrimônio histórico, ocupação urbana e inclusão social. Dentro dos eixos do projeto estão:
Programa Imóveis Abandonados – para recuperar prédios ociosos.
A Confraria do Centro, fruto de escuta pública com empresários locais, visando integração para soluções conjuntas.
Reabertura de espaços culturais como a Morada dos Baís, revitalização do Chafariz da Praça Ary Coelho, e projetos de intervenções artísticas e de convívio, especialmente voltados à data natalina.
Ampliação da assistência social com novo Centro POP para atendimento à população de rua.
Desafios e expectativas
O projeto carrega expectativas altas, mas também obstáculos. Recuperar patrimônio histórico demanda recursos constantes; reintegrar espaços abandonados requer legislação, fiscalização e incentivo econômico; fortalecer a segurança exige coordenação entre diversas instâncias de governo e com a comunidade.
A prefeita Adriane Lopes defendeu a visão positiva: transformar o Centro em espaço de encontro, cultura, cidadania — devolvendo-lhe vida, movimento e significado.
Para onde se caminha
Se o “Centro em Ação” entregar os resultados esperados, Campo Grande poderá observar:
Maior circulação de pessoas no centro, estimulando o comércio, restaurantes e serviços.
Valorização imobiliária em prédios antes abandonados.
Melhoria na sensação de segurança, com monitoramento e patrulhamento intensificados.
Reforço da identidade urbana, com espaços de memória requalificados.
Inclusão social mais visível, com políticas de assistência e acolhimento.
Resta acompanhar como será a execução prática das promessas — prazos, orçamento, manutenção — e se a articulação entre os diferentes setores (governo, iniciativa privada, sociedade civil) será mantida com transparência e compromisso. Se bem-sucedido, o “Centro em Ação” pode reconectar Campo Grande à essência de sua história — tornando seu coração pulsante novamente.








