A prefeitura de Campo Grande homologou recentemente o contrato para execução de pavimentação asfáltica, drenagem de águas pluviais e construção de área de lazer no bairro Bosque das Araras — região que há anos convive com desafios crônicos de infraestrutura, alagamentos e pouco acesso a serviços básicos. A ação representa uma tentativa de virar a página, mas também acende alertas sobre prazo, fiscalização e impacto real para a comunidade.
O que está em jogo
O projeto, parte de um pacote voltado à mobilidade urbana e ao ordenamento territorial, contempla a execução de obras de drenagem em córregos que cortam o bairro e a pavimentação das vias em terra ― conforme histórico recente de alagamentos e ruas intransitáveis durante chuvas.
Além disso, o município havia recebido repasse de recursos federais da ordem de R$ 6,4 milhões para ações no bairro, incluindo praças e mobilidade.
O contrato homologado agora, de acordo com extratos publicados, sofreu prorrogação e aditivo: a execução da fase “A” da obra, com valor aproximado de R$ 6,79 milhões, recebeu acréscimo de R$ 165 mil e terá prazo estendido em 120 dias.
Por que a iniciativa era urgente
O Bosque das Araras, localizado na região do Zé Pereira/Imbirussu de Campo Grande, vem enfrentando há tempos problemas graves: ruas de terra, pouca drenagem, risco de alagamentos, acesso comprometido — especialmente em dias de chuva. Um acórdão da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de MS determinou que o município implemente plano de recuperação e saneamento para evitar mais danos à população.
Ou seja: não se trata apenas de “falto asfalto” — a situação se converteu em problema de infraestrutura urbana + meio ambiente + qualidade de vida.
Detalhes da homologação e execução
O contrato foi aditivado em R$ 165 046,77 para alcançar o total de cerca de R$ 6,79 milhões.
O prazo de execução passou a vigorar de 1º de março a 29 de julho de 2025, com extensão de 120 dias.
O escopo inclui pavimentação e drenagem da Etapa “A” do bairro Bosque das Araras.
É parte de um planejamento mais amplo de mobilidade e infraestrutura financiado com recursos federais e municipais.
Desafios e riscos aos quais a população precisa ficar atenta
Prazo de entrega: O tempo corrido e as extensões podem atrasar ainda mais as melhorias. A população já sofre com a espera.
Fiscalização: Obras dessa escala exigem controle rigoroso para evitar desvio, má qualidade ou paralisação.
Abrangência real: A homologação refere-se à Etapa “A” — ou seja, parte da demanda segue sem previsão imediata.
Compatibilização com drenagem: Se a drenagem não for executada de forma plena e integrada, a pavimentação pode se tornar uma solução parcial, ou até superficial.
Transparência no uso dos recursos: Há recursos federais destinados ao bairro, assim como repasses — cabe acompanhar a aplicação correta.
Se tudo for executado conforme planejado, os moradores do Bosque das Araras devem ver:
Ruas pavimentadas que facilitem o acesso e reduzam poeira ou lama;
Melhor drenagem, diminuindo alagamentos e riscos em dias de chuva;
Melhoria no valor dos imóveis e mais segurança no trajeto diário;
Uma área de lazer ou praças que aumentem a qualidade de vida local.
Porém, caso haja atrasos ou falhas, a comunidade permanece vulnerável.
A homologação dessas obras marca um passo significativo na direção certa — mas não encerra a conta. A expectativa agora recai sobre a execução, prazo, qualidade e o compromisso da prefeitura com o Bosque das Araras. A comunidade estará de olho.








