O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski negou apoio ao Rio em guerra contra o crime e deixa policiais à própria sorte

Em mais um episódio que expõe o abismo entre o discurso de “Estado presente” e a realidade da segurança pública, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negou apoio federal solicitado pelo governador Cláudio Castro (PL) para reforçar a megaoperação contra o crime organizado no Rio de Janeiro. O vídeo, divulgado pelo perfil do Metrópoles, revela que o governo fluminense buscou auxílio logístico e de inteligência do Ministério da Justiça, mas recebeu uma resposta negativa, sob o argumento de que a ação seria “de competência estadual”.

A negativa ocorreu em meio a uma das maiores ofensivas contra o tráfico de drogas na história recente do estado, que mobilizou milhares de policiais e resultou em trocas de tiros intensas, prisões de lideranças e mortes de agentes da lei. Enquanto o Rio de Janeiro vive dias de guerra urbana, o Planalto parece assistir de longe, priorizando discursos ideológicos e evitando se envolver para não “melindrar direitos humanos”.

Fontes próximas à Secretaria de Segurança do Rio relataram que a recusa federal gerou indignação dentro das forças de segurança. “O governo fala em combater o crime, mas na prática deixa o policial morrer sozinho”, afirmou um oficial sob anonimato. O sentimento é de abandono — o mesmo que cresce entre a população que vê o Estado refém de facções, milícias e decisões políticas tomadas a quilômetros de distância.

A operação, que teve apoio de unidades especiais e uso de blindados, visava desarticular uma rede de tráfico com conexões diretas com o Comando Vermelho e até com grupos criminosos de outros estados. A recusa de ajuda federal é vista por especialistas em segurança como um erro estratégico grave, que enfraquece o combate ao crime e dá sinais de complacência política.

Enquanto o governo Lula insiste em uma retórica de “pacificação social” e “mediação comunitária”, as comunidades seguem dominadas por fuzis, e o sangue de policiais continua sendo derramado em silêncio. A omissão do Ministério da Justiça ecoa como mais um capítulo da política de segurança frouxa e ideologizada, que transforma criminosos em “vítimas” e deixa o cidadão honesto sem defesa.

O contraste é gritante: de um lado, governadores e policiais que colocam o peito na linha de frente para tentar devolver a paz às ruas; do outro, um governo federal que cruza os braços diante da barbárie, mais preocupado em não contrariar sua base de esquerda do que em defender quem realmente enfrenta o crime de frente.

A recusa de Lewandowski ficará marcada como o símbolo de um governo que fala em “democracia”, mas falha no dever mais básico de um Estado: proteger seu povo.