O governador Cláudio Castro (PL) endureceu o discurso e confirmou, nesta semana, uma nova etapa de enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro. Em resposta indireta às críticas do governo Lula e de setores da esquerda sobre o número de mortes nas recentes ações policiais, Castro anunciou a realização de dez novas megaoperações em comunidades dominadas por facções criminosas até o fim do ano.
A medida surge após a grande operação nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes e reacendeu o debate sobre o uso da força policial em áreas conflagradas. Mesmo diante das pressões políticas e de ONGs alinhadas à esquerda, o governador afirmou que não recuará e que o Estado “não será refém do medo nem do crime”.
Segundo Castro, todas as novas incursões contarão com autorização judicial e serão planejadas para atingir pontos estratégicos de controle do tráfico. Ele deixou claro que não se trata de ocupações permanentes, mas de ações pontuais e coordenadas com objetivo de retomar territórios tomados por facções e milícias.
O governador também revelou que, em dezembro, o plano de segurança entrará em uma nova fase, com foco em Jacarepaguá, na zona oeste da capital — região que vem sendo palco de intensas disputas entre o tráfico e milicianos.
Além das megaoperações, a Polícia Civil e outras forças estaduais vão intensificar o trabalho diário em toda a capital e na Baixada Fluminense. O foco será sufocar os grupos que erguem barricadas em favelas, bloqueiam o acesso de viaturas e tentam impor domínio armado sobre as comunidades.
Castro, que tem se posicionado como um dos principais nomes da direita fluminense, afirmou que o Rio precisa “recuperar a autoridade do Estado” e que as forças de segurança contam com o respaldo da maioria da população. Pesquisas internas do governo indicam que o endurecimento das operações tem amplo apoio popular, especialmente nas regiões mais afetadas pela violência.
Enquanto o governo federal demonstra cautela e tenta minimizar as ações, o Palácio Guanabara se antecipa, adotando uma postura firme e voltada ao combate direto das facções. Cláudio Castro reafirma que o Rio de Janeiro não será território livre para o crime, e que sua administração está disposta a ir até o fim para restaurar a ordem e garantir o direito dos cidadãos de viver em paz.








