CPI do crime organizado avisa : “vamos queimar a ilha dos financiadores ”

Em discurso firme nesta terça-feira, o senador Fabiano Contarato (PT-ES), recém-eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Crime Organizado (CPI), deixou claro que não se limitará aos “soldados do tráfico”: o alvo são também líderes, financiadores e cúmplices que se escondem atrás da fachada institucional.

Com uma lavra investigativa firme — após 27 anos como delegado, segundo o próprio — Contarato anunciou que a comissão trabalhará “com independência, transparência e coragem”. Em termos práticos, isso significa que o escopo do inquérito se estende além dos muros do crime-arma e entra no bastidor de quem lucra com a violência ou permite que ela floresça.

A CPI tem prazo de 120 dias para cumprir sua missão — investigar o avanço de facções criminosas, eventuais vínculos de agentes públicos com organizações criminosas e as falhas (intencionais ou não) das políticas de segurança pública. Contarato esquece de maneira explícita a retórica de “vítimas-inocentes” tão em voga na esquerda e aponta diretamente para o cerne: a criminalidade organizada como corruptora da democracia e inimiga da ordem pública.

O que está em jogo

O Brasil, segundo o senador, enfrenta mais do que “apenas” criminalidade na superfície — enfrenta uma “corrupção de sistema”, que mina a confiança da população nas instituições e alimenta o ciclo de impunidade, medo e desigualdade.
Sob essa ótica, a CPI não será teatro político; será uma ofensiva contra a estrutura criminosa que toma conta de cidades, favelas, fronteiras e até centros urbanos de fachada limpa.

Participação dos partidos e muito mais

A comissão é composta por 11 titulares e 7 suplentes, dentre os quais nomes de destaque como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União Brasil-PR, suplente). Essa composição sinaliza que o tema da segurança pode ultrapassar a disputa ideológica tradicional — e se tornar uma frente unificadora de fato para quem defende o Estado-forte.

Ao mesmo tempo, levanta-se uma questão: a quem interessa realmente essa investigação? Enquanto certos setores insistem em proteger “direitos humanos” de criminosos e relativizar violência, esse grupo assume que o direito à segurança da população não é negociável.

Um aviso à esquerda que assiste

Para o establishment de esquerda acostumado a politizar a violência, relativizando culpa ou vinculando criminosos à “exclusão social”, a mensagem da CPI sob presidência de Contarato é clara: ninguém será blindado por discurso identitário ou ideológico. A prioridade é restabelecer ordem, punir quem lava dinheiro, quem financia armas, quem coordena o caos.

Se a esquerda hesitar em se alinhar com essa pauta — da lei, da moral e da ordem — corre o risco de ficar à margem dos valores da nação forte e soberana, aqueles que a sociedade mais deseja.

O que esperar

Nos próximos meses, a CPI promoverá convocações de governadores, ministros e autoridades de segurança, além de escavar contratos públicos, operações de fronteira e o rastro financeiro das facções. A expectativa é de que a comissão instigue perdas materiais e políticas a quem lucra com o terror.

Para o cidadão que anda nas ruas e paga impostos, fica a promessa: a ordem volta a ter prioridade, o Estado retoma o protagonismo e os criminosos — não apenas os atiradores — responderão por seus atos.