Durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) realizada neste domingo (9), em Santa Marta, na Colômbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a usar o palco internacional para atacar os Estados Unidos e defender regimes autoritários amigos. Em tom de “paz e soberania”, o petista condenou as chamadas “intervenções ilegais” de forças militares na América Latina e no Caribe — uma clara indireta a Washington e ao ex-presidente Donald Trump.
Lula afirmou que “democracias não combatem o crime violando o direito internacional”, ignorando completamente o fato de que muitos países latino-americanos sofrem com o narcotráfico, o crime organizado e a corrupção endêmica — males que prosperaram justamente sob governos de esquerda. O discurso foi interpretado como um recado a Trump, após recentes ações militares norte-americanas contra cartéis no Mar do Caribe e no Pacífico.
O que Lula chama de “ameaça militar” é, na verdade, parte da política de segurança dos EUA, que há décadas atua para conter o tráfico internacional de drogas e o avanço de ditaduras, como a de Nicolás Maduro na Venezuela — um dos principais aliados do petista. O Palácio do Planalto, por sua vez, tenta manter relações ambíguas: critica os Estados Unidos em público, mas negocia nos bastidores para reverter sanções impostas pela Casa Branca, incluindo as medidas da Lei Magnitsky que atingem figuras próximas ao governo, como o ministro Alexandre de Moraes.
Enquanto Lula posa de defensor da “paz”, o Brasil se afasta das potências democráticas e se aproxima cada vez mais de regimes autoritários, como Cuba, Venezuela e Nicarágua. O discurso do petista, repleto de chavões ideológicos e ataques velados ao Ocidente, reflete a tentativa de reconstruir o bloco socialista latino-americano sob sua liderança, em oposição aos EUA e às nações conservadoras do continente.
Na prática, Lula tenta reescrever a política externa brasileira, transformando o país em porta-voz de ditadores e inimigos da liberdade. Sob o pretexto de “integração latino-americana”, o governo petista volta a priorizar alianças com países falidos e antidemocráticos — um retrocesso que ameaça isolar o Brasil das grandes economias e comprometer sua credibilidade no cenário internacional.








