A Petroforte Brasileiro Petróleo Ltda, que já figurou entre as maiores distribuidoras de combustíveis do país, segue sendo um dos maiores símbolos de colapso empresarial do Brasil moderno. Mais de duas décadas após a decretação de sua falência, em 2001, a empresa permanece atolada em um interminável processo de liquidação, arrastando trabalhadores, fornecedores e credores por um labirinto judicial que se estende até hoje.
A confusão com outras empresas que carregam o nome “Petroforte” é comum — algumas ainda ativas no mercado de lubrificantes e com CNPJ totalmente distintos —, mas nenhuma delas guarda relação com a antiga gigante do setor de combustíveis que ruiu sob o peso de dívidas bilionárias e acusações diversas.
A massa falida da Petroforte acumula uma infinidade de processos trabalhistas, tributários e cíveis. Documentos e publicações oficiais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) mostram que o espólio da empresa continua no centro de disputas que envolvem credores, ex-funcionários e o próprio Estado, todos tentando recuperar parte do prejuízo deixado pelo colapso.
O empresário Ari Natalino da Silva, proprietário da companhia, ficou marcado pela dimensão da quebra, considerada uma das mais profundas e complexas da história do setor de combustíveis no Brasil. A queda da empresa expôs não apenas a fragilidade de um modelo agressivo de expansão, mas também as falhas de fiscalização e controle de um mercado historicamente permeado por disputas econômicas, renúncias fiscais e margens estreitas.
Enquanto o processo se arrasta por quase um quarto de século, a Petroforte permanece como um capítulo aberto da história empresarial brasileira — um lembrete de que, quando a engrenagem do setor energético falha, os estragos reverberam por décadas, atingindo toda a cadeia e revelando um sistema cuja transparência ainda deixa muito a desejar.
segue a lista dos advogados nas imagens abaixo ;

































