O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse na segunda-feira (19), durante coletiva de imprensa, que faxineiras e arrumadeiras transportam mais Covid-19 do que os ônibus lotados. Segundo o chefe do Executivo municipal, os dados constam em estudo feito pela Secretaria de Saúde de Belo Horizonte.
O prefeito foi interpelado sobre o assunto por uma jornalista. Ela questionava a lotação no transporte público enquanto o comércio era mantido fechado e disse que isso era uma reclamação dos comerciantes.
Em resposta, Alexandre Kalil declarou que ninguém tem uma solução para a lotação no transporte e fez uma comparação entre ônibus, moradores de rua e resíduos sólidos.
“O problema do ônibus é chato. Ninguém diz ‘olha eu tenho uma solução para os ônibus, para o morador de rua e para resíduos sólidos’. Eu tenho dois caminhos: ou eu pago ônibus para ele rodar, jogo o morador de rua em qualquer lugar — o que nós não vamos fazer porque não somos desumanos — e o resíduo sólido eu deixo na casa dos outros. Então são coisas que não têm solução”, declarou. Assista.
“O problema da BH Trans é complicadíssimo e nós estamos chegando à conclusão de estudos que não é no ônibus que as pessoas estão se contaminando. Estão mais contaminadas, de acordo com estudos da Secretaria de Saúde, as faxineiras, as arrumadeiras, do que o que tem o transporte público”, disse.
Ainda de acordo com o prefeito da capital mineira, a pandemia do vírus chinês é “uma guerra”.
“Nós não estamos acostumados com guerra, e guerra é coisa muito séria. Então qualquer coisinha a televisão vai lá filmar. Quer dizer, a única coisa bonita que e nós vimos na segunda guerra Mundial sem ser destruição e bomba caindo foi a invasão da Normandia, foi o ‘Dia D’. O resto foi tudo horroroso de ver e vai ser assim até o fim da pandemia”, finalizou.