Inquérito contra Trad deve ser concluído em 30 dias; Defesa quer investigação por denúncia caluniosa

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp

A delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Maíra Pacheco, disse que o inquérito policial sobre suposto assédio sexual envolvendo o nome do ex-prefeito de Campo Grande e pré-candidato ao Governo, Marquinhos Trad (PSD), deve ficar pronto em 30 dias.

O anúncio foi feito em coletiva na manhã desta terça-feira, na DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil), na Capital.

Ele é acusado de suposto assédio contra mulheres durante o período que passou à frente do município.

Além disso, relato feito pelo próprio ex-prefeito, afirmando que pessoas foram pagas para registrar denúncia contra ele também serão apuradas pela polícia. Caso isso seja provado, elas poderão responder por falso testemunho.

DEFESA DE MARQUINHOS

As advogadas Andrea Flores e Rejane Alves de Arruda, que atuam na defesa de Marquinhos Trad, concederam coletiva de imprensa nesta terça-feira (26) para esclarecer fatos importantes sobre o inquérito da Polícia Civil que investiga suposto “assédio”.

Durante pronunciamento, as advogadas relataram que solicitarão investigação policial para vários crimes da qual Marquinhos está sendo vítima.

“Vamos solicitar abertura de inquérito para investigar denunciação caluniosa e já temos a autoria dela. Inquérito para apurar violação de segredo. Precisamos deixar muito claro que Marquinhos nos procurou depois que já havia sido vinculado trechos destas moças procurando autoridade policial. Um inquérito por crime de abuso de autoridade, tudo já formalizado. Vamos provar que houve crime sim, mas não foi Marquinhos quem praticou, mas estas pessoas que estão fazendo armação e são ligadas a candidato opositor”, declarou Andrea.

Durante o inquérito, a delegada responsável chegou a pedir medida protetiva de urgência para as mulheres, o que foi indeferido pela justiça por entender que não era caso de violência doméstica, familiar ou intima de afeto.

Na segunda decisão, a juíza negou apreensão do celular de Marquinhos, o que no entendimento da defesa demonstra a fragilidade da investigação.

“Pessoas estão sendo aliciadas, recebendo dinheiro para chegar em autoridades e contar mentiras, histórias fraudulentas, para formar um inquérito contaminado de mentiras ”, pontuou Rejane Alves.

As provas de armação nos depoimentos, com comprovantes de transferência bancária para as falsas acusações e propostas financeiras em troca de fotos ou vídeos, incluindo nomes de pessoas que estão encabeçando a armação, serão anexadas ao inquérito.

“Temos certeza de que há uma armação feita pela oposição, cooptada através de uma cafetina, para que garotas de programas venham fazer estas falsas denúncias. Já está comprovado e vamos, na medida do possível, trazer à tona. Vamos tomar todo cuidado em proteger estas moças, que são vítimas desta armação. Elas poderão nos contatar. Somos mulheres e vamos protegê-las. Que quiser nos procurar, contar que foram cooptadas, ofereceram tanto, estou com medo, vamos ajudar. Vamos protegê-las, atender estas mulheres e acompanhar no que for preciso. O telefone é o 67 99968-5685”, concluiu Andrea Flores.

A defesa esclarece que há dois contextos e que devem levar ao desmembramento do inquérito.

Um sobre suposta viagem que sequer teve participação de Marquinhos, e um segundo, que envolve relação de Marquinhos com duas mulheres.

Nos depoimentos de quatro mulheres, uma que diz não conhecê-lo pessoalmente e outra que negou que teve relação sexual.