“O presidente não necessariamente tem de ser do PSDB”, disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobre a articulação que envolverá o próximo presidente da Assembleia Legislativa. Com a declaração, ele deixa o espaço livre para especulações acerca dos nomes de Gerson Claro (PP), Lídio Lopes (PP) e até Londres Machado (PP), além da tucana Mara Caseiro (PSDB), a deputada mais votada da eleição deste ano.
Questionado pela imprensa durante agenda pública nesta semana, o governador, que está em momento de transição com equipe do governador eleito, Eduardo Riedel (PSDB), diz que a decisão final sobre quem será o presidente, seja deputado ou deputada, não é só do ninho tucano.
“Não. Essa é uma decisão. Você não faz um governo unitário para um partido só.”
Rapidamente, o chefe do Executivo citou o exemplo de quando foi eleito governador em 2014, e a Assembleia Legislativa foi presidida pelo deputado Júnior Mochi (MDB). “Democracia é uma junção de forças, e pensamentos em defesa daquilo que a população brasileira preconiza, que é o respeito, liberdade, e não tem quer ser necessariamente [do partido] e essa composição não é do governo. É uma composição da Casa. Nós já tivemos no meu primeiro mandato presidente da Casa que não era do meu partido, e tivemos nos primeiros quatro anos uma excelente relação com a Assembleia. Tivemos cumplicidade, responsabilidade, e matérias aprovadas.”
Azambuja concorda que o PSDB tenha força política para uma tomada de decisão mais enfática, mas explica que outros deputados de demais partidos tem a mesma possibilidade, desde que tenham apoio da maioria.
“Então, o presidente não necessariamente tem de ser do PSDB. Claro, que o PSDB sendo a maior bancada tem força para discutir os espaços da Casa, mas isso é uma decisão do colegiado da Assembleia Legislativa.”