Em uma semana, mais de 1,7 mil imóveis foram inspecionados e 103 focos do mosquito Aedes aegypti eliminados durante a quinta etapa da campanha Operação Mosquito Zero, na região Urbana do Lagoa. Os trabalhadores devem ser concluído na próxima terça-feira, dia 14.
Conforme o balanço da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/Sesau), do dia 02 a 07 de fevereiro foram 1.763 imóveis inspecionados, 1.196 depósitos recolhidos e 103 focos eliminados.
Cerca de 200 agentes de combate às endemias estão mobilizados na inspeção de casas e terrenos baldios, além do recolhimento e eliminação de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito e orientação dos moradores em relação as medidas de prevenção.
” Esse trabalho estará sendo intensificado na região nos próximos dez dias para que a gente consiga evitar que haja um aumento no número de notificações e casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”. É importante lembrar ainda que não basta o Poder Público fazer a sua parte, é importante a colaboração de todos para que a gente consiga vencer o combate contra o mosquito , diz o secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites.
Na Região Lagoa, foram disponibilizados três pontos de descarte onde os moradores poderão levar materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, como móveis, eletrônicos, geladeiras, fogões, pias, vagos sanitários e pneus. Entulhos, restos de construção, podas de árvores, lixo doméstico e madeiras não poderão ser descartados nestes locais.
Pontos de descarte
01 a 14 de fevereiro
1 – Rua Fátima do Sul, esquina com a Rua Rio Brilhante, no São Jorge da Lagoa
2- Avenida Guaicurus, esquina com a Rua Martin Pescador, Jardim Ouro Preto.
3- Rua Alvinlândia, esquina com a Rua Nova Romã, Jardim Batistão.
Orientações
Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.
“Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo”, destaca o coordenador da CCEV.
Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, e sim na terra ou no cimento quente.
Com o calor que faz na cidade, piscinas – de todo tipo ou tamanho – são motivo de alegria. Mas a atenção deve ser redobrada, pois também se trata de um dos lugares favoritos do Aedes. Sendo assim, fica a dica: piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com o auxílio de produtos químicos específicos.
O coordenador lembra que um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo.
“Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água”, complementa.
Mosquito Zero
Nas quatro etapas já realizadas da campanha Mosquito Zero foram inspecionados 29.523 imóveis, 19.856 depósitos recolhidos e 1.031 focos eliminados, nas regiões Segredo, Anhanduizinho , Bandeira e Prosa. A previsão é de que a campanha se estenda até o final do mês de fevereiro, contemplando as sete regiões urbanas do Município.
A campanha anterior, realizada em maio deste ano, teve mais de 59 mil criadouros eliminados e 2.239 focos eliminados. A Operação Mosquito zero é realizada em Campo Grande desde 2019, quando o município registrou mais de 40 mil casos de dengue.
Dados epidemiológicos
Do dia 01 de janeiro a 07 de fevereiro foram notificados 538 casos de dengue em Campo Grande. Destes, 43 foram confirmados até o momento. Em 2022, foram 8.225 casos confirmados e sete óbitos provocados pela doença.
Infestação pelo Aedes
Conforme o LiRaa divulgado em janeiro, cinco áreas de Campo Grande foram classificadas com risco para infestação do Aedes aegypti: Vida Nova, Seminário, Coophavilla, Silvia Regina, Cidade Morena e Batistão. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios.. O LiRaa completo pode ser consultado clicando aqui.