Adriane Lopes destaca troca de experiência com instituições na área de saúde

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Campo Grande foi escolhida como a primeira cidade do país a dar início ao processo de expansão do programa PACK (Practical Approach to Care Kit – Abordagem Prática para kit de cuidado).

Desenvolvido há 24 anos pela Unidade de Translação do Conhecimento da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, o PACK é uma ferramenta que estabelece ações estratégicas para o fortalecimento da Atenção Primária em Saúde, proporcionando assim uma melhoria na qualidade da assistência prestada à população.

Desde do dia 15, uma comissão formada por representantes da Universidade da Cidade do Cabo, Centros de Controle e Prevenção de Doenças -CDC (EUA), e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), envolvidos no processo de implementação do programa em capitais brasileiras, está na Capital conhecendo os processos de trabalho e a estrutura de atendimento.

Na manhã desta sexta-feira (16), a comissão foi recebida pela prefeita Adriane Lopes, juntamente com o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, no CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), uma das unidades visitadas pelo grupo. Na oportunidade, ela destacou que a parceria na implementação do programa PACK é de fundamental importância para fortalecer os serviços de saúde do município.

“Ao unir esforços entre instituições acadêmicas e órgãos de saúde, podemos oferecer uma abordagem prática e eficaz no cuidado aos pacientes. Desta forma, através desta troca de experiência e soma de esforços, poderemos avançar ainda mais e dar uma saúde de melhor qualidade para a população campo-grandense”, destaca a prefeita.

O programa PACK é uma ferramenta reconhecida internacionalmente, desenvolvida com base em evidências científicas robustas, que auxilia os profissionais de saúde na avaliação e manejo dos pacientes na Atenção Primária. Sua implementação traz benefícios significativos, como a melhoria da qualidade dos cuidados, a padronização dos protocolos de atendimento e a promoção de melhores resultados para os pacientes.

“Ao estabelecermos essa parceria, estamos capacitando nossos profissionais de saúde com conhecimentos atualizados e diretrizes embasadas na melhor evidência científica disponível. Isso contribui para uma assistência mais qualificada e segura, além de promover a eficiência dos serviços de saúde”, destaca a coordenadora da Rede de Atenção Básica, Glória de Araújo.

Para a coordenadora, Campo Grande será beneficiada com uma Atenção Primária mais robusta, capaz de oferecer um cuidado integrado, humanizado e de qualidade.

“A implementação do programa PACK fortalece nossa capacidade de prevenir, tratar e gerenciar as doenças, promovendo a saúde da população e reduzindo os encaminhamentos desnecessários para serviços especializados”, complementa.

O PACK já foi implantado em vários países. No Brasil, a tecnologia já vinha sendo implementada pela Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, em Santa Catarina, como parte de um acordo de cooperação de longa data com a Universidade da Cidade do Cabo.

Além de Campo Grande, as cidades de Fortaleza  (CE) e Porto Alegre (RS) também deve receber o programa. Juntamente com Curitiba (PR), estas capitais  foram contempladas pelo projeto A Hora é Agora, que tem o objetivo de ampliar o acesso a diagnóstico, prevenção e tratamento imediato a grupos sociais vulnerabilizados que vivem com HIV e AIDS.

Conforme a coordenadora da parceria pela ENSP/Fiocruz, Marly Cruz, por meio do A Hora é Agora, houve a possibilidade de introduzir o PACK, através da experiência de Florianópolis.

“No final de 2022, fizemos uma visita à cidade sul-africana, juntamente com os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América), nosso parceiro no Acordo de Cooperação, para conhecermos tudo sobre o programa. A partir de então, temos pensado na implementação da tecnologia nas capitais brasileiras”, conta a pesquisadora.

Ela explica que a cooperação busca utilizar o programa na Atenção Primária, pois, além de ser a porta de entrada dos usuários no sistema de saúde, é uma esfera do SUS que requer fortalecimento nas cidades contempladas. “É claro que toda essa discussão voltada à Atenção Primária acaba também repercutindo em outros níveis de atenção do sistema de saúde”, destaca Marly.