O presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, conseguiram adiar a sessão do Congresso Nacional para análise de vetos presidenciais, que estava prevista para semana passada. Pacheco atendeu o pedido do petista e adiou, convocando novamente a sessão para o dia 9 de maio.
Entre os vetos, o que mais causa ansiedade é a do Projeto de Lei que coloca fim nas saidinhas dos presidiários. Os parlamentares da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados esperam que o presidente do Senado mantenha a agenda.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) encara esse adiamento como um deserviço com o brasileiro. “O povo espera por essa resposta do Parlamento para derrubarmos os vetos, e colocarmos um fim nas saidinhas. É um desejo da população pagadora de impostos que espera por aumento de segurança pública, e não, ficar refém de bandidos soltos, entre eles, estupradores”, apontou.
Na mesma linha, o deputado Coronel Telhada (PP-SP) apontou: “Muito se fala no aumento da população carcerária com o fim da saidinha. Então que se construam mais presídios. Só não podemos deixar os brasileiros vulneráveis aos criminosos. Lugar de bandido é na cadeia, e pronto. Espero que Pacheco não ceda novamente à pressão do governo e façamos nossa parte aqui no Congresso”.
Já o Sargento Portugal (Podemos-RJ) critica: “Mais de 15 mil presos não voltaram para atrás das grades. Ou seja, cidadãos bem juntos aos que já fizeram mal à sociedade. Isso é injusto e maldoso com os brasileiro.Temos que acabar com essa aberração”. Rodolfo Nogueira (PL-MS) também não gostou do adiamento.“O governo mais uma vez colocou a segurança pública da população em risco. Precisamos acabar com essas saidinhas urgentemente”. E ainda complementou dizendo do desrespeito que o Congresso está sofrendo. “Pacheco não pode ceder à pressão desse governo federal, que não respeita o Congresso.”
O Sargento Gonçalves (PL-RN) também mostrou descontentamento com os benefícios dos bandidos. “Com a ideia de socializar, colocam todos à mercê da bandidagem. Se querem ficar próximos dos familiares, não pratiquem crime. Caso contrário, ficam isolados ou usam a Lei de Execução Penal, em seu artigo 41, Inciso X, onde o preso tem direito de receber a visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos, em dias determinados dentro dos presídios. Já está de bom tamanho”.