A PF (Policia Federal) cumpriu novos mandados de busca e apreensão nesta 3ª feira (11.jun.2024) contra um dos advogados de Adélio Bispo, autor da facada ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018. Ele é suspeito de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). O caso não está relacionado ao atentado. No relatório, a PF concluiu que o advogado tem atuação junto ao crime organizado. Também foi determinado o bloqueio de R$ 200 milhões de sua conta. A informação foi dada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em café com jornalistas.
Um novo inquérito da corporação também voltou a concluir que Adélio agiu sozinho no atentado. O 1º inquérito, instaurado em setembro de 2018, concluiu que Adélio agiu por iniciativa própria, sem mandantes. O 2º, encerrado em maio de 2020, teve a mesma conclusão. Depois da operação deflagrada nesta 3ª feira (11.jun), a PF pediu o arquivamento das investigações ligadas ao caso. A relação entre o advogado e o PCC já era investigada pela PF desde 2021. Uma operação foi realizada em 14 de março de 2023 mirando o advogado e traficantes em Minas Gerais. Leia mais nesta reportagem.
RELEMBRE O ATENTADO Então candidato à Presidência pelo PSL (hoje, União Brasil depois da fusão com o Democratas), Jair Bolsonaro foi golpeado com uma faca enquanto cumpria agenda de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro de 2018. O autor do golpe, Adelio Bispo de Oliveira, é natural de Montes Claros (MG). Ele foi preso em flagrante e confessou o crime.
Em junho de 2019, Adélio Bispo foi absolvido. A decisão foi proferida após o processo criminal que o considerou inimputável por transtorno mental. Em fevereiro deste ano, depois de cumprir medida em segurança presídio federal de Campo Grande, o TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região) determinou que ele retornasse a Minas Gerais, local de origem do processo.