O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já foi informado por seus assessores mais próximos sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi confirmada por fontes próximas ao governo norte-americano.
A decisão do ministro Moraes foi tomada poucos dias após ele próprio afirmar que a Justiça “não se adianta nem se atrasa”, mas também “não é tola”, em referência aos desdobramentos envolvendo Bolsonaro. O ex-presidente é acusado de ter descumprido, de forma deliberada, as medidas cautelares que lhe foram impostas pela Suprema Corte — entre elas, a proibição de usar redes sociais, ainda que por meio de terceiros.
Na decisão, Moraes apontou que Bolsonaro se utilizou das contas de aliados — incluindo seus três filhos parlamentares — para divulgar mensagens com “conteúdo claro de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro.”
Com isso, a Justiça determinou que o ex-presidente cumpra prisão domiciliar em seu endereço fixo, com uso de tornozeleira eletrônica, sem direito a visitas (exceto familiares próximos e advogados) e sem acesso a celulares. Policiais federais estiveram no local para cumprir a ordem judicial.
A notícia da prisão gerou repercussão internacional imediata, especialmente por se tratar de um dos principais aliados de Trump na América Latina. Ainda não há posicionamento oficial da Casa Branca nem do próprio Trump sobre o caso.








