Cuiabá viveu nesta segunda-feira (18) uma cena que expõe não apenas um crime bárbaro, mas também o histórico sombrio de um dos homens que por anos esteve ligado ao Partido dos Trabalhadores. Valdebran Carlos Padilha da Silva, de 60 anos, ex-tesoureiro do PT em Mato Grosso, foi preso em sua casa, no bairro Jardim Paulista, após ser condenado a 15 anos e dois meses de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável e abuso sexual contra menores. Entre as vítimas está a própria sobrinha, filha de sua ex-companheira, o que torna o caso ainda mais revoltante.
A prisão foi resultado do cumprimento de dois mandados expedidos pela Justiça, que determinou o início imediato do cumprimento da pena. Após a detenção, Valdebran deve passar por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá, mas dificilmente terá qualquer brecha para escapar do cárcere.
O caso mostra mais uma vez como personagens do PT, partido que se apresenta como defensor dos “pobres e oprimidos”, carregam um passado manchado por escândalos de corrupção e agora também por crimes sexuais. Não é a primeira vez que o nome de Valdebran aparece nos noticiários nacionais: em 2006, ele foi flagrado pela Polícia Federal em São Paulo com R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo, em um dos episódios mais escandalosos da história política recente, conhecido como o “escândalo do dossiê”, quando dirigentes petistas tentaram comprar informações falsas contra adversários tucanos em plena campanha eleitoral.
Hoje, quase duas décadas depois, o mesmo homem volta ao centro da vergonha pública, mas desta vez não por corrupção política, e sim por abusos que atentam contra a dignidade de crianças e adolescentes. Um crime covarde que reforça a sensação de que aqueles que por anos se venderam como “paladinos da moralidade” escondiam podres ainda mais profundos.
A prisão de Valdebran Padilha deve repercutir não só no cenário policial, mas também no campo político, já que sua ligação direta com a cúpula petista de Mato Grosso nos anos 2000 ainda é lembrada por adversários e pela sociedade. O caso serve como mais um lembrete de como a velha esquerda brasileira, além de falhar na ética pública, também carrega em seus bastidores histórias de degradação moral.








