O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi confirmado como membro titular da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o escândalo de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A comissão será instalada oficialmente nesta quarta-feira, 20 de agosto de 2025, no Congresso Nacional. Renan é o único representante de Alagoas na CPMI, que terá 30 membros titulares — 15 senadores e 15 deputados federais — além de 30 suplentes.
A presidência da CPMI ficará a cargo do senador Omar Aziz (PSD-AM), enquanto a relatoria será conduzida pelo deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). A expectativa é que os trabalhos avancem de forma intensa nas primeiras semanas, diante da gravidade das acusações que envolvem supostas irregularidades no sistema previdenciário brasileiro.
A participação de Renan Calheiros na CPMI é estratégica para a base governista, que busca controlar a narrativa sobre as fraudes no INSS. A comissão tem a missão de apurar denúncias de fraudes que atingiram aposentados e pensionistas em todo o país, com prejuízos bilionários decorrentes de cobranças irregulares em benefícios previdenciários.
A instalação da CPMI ocorre em um clima de tensão entre governo e oposição, com ambos os lados escalando representantes agressivos para integrarem a comissão. O Palácio do Planalto está confiante de que conseguirá deter os esforços da oposição de tentar vincular o escândalo ao atual governo. Os governistas contarão com um time experiente para atribuir à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro uma grande parcela de culpa pelas irregularidades.
Com a presença de Renan Calheiros, Alagoas terá voz direta nas discussões e investigações que podem levar a mudanças significativas no controle e fiscalização de descontos aplicados a aposentados e pensionistas. O senador, que já atuou em outras comissões de inquérito, como a da Covid-19, tem experiência em lidar com questões complexas e polêmicas no cenário político nacional.
