EUA suspendem evento militar com Brasil e acende sinal de alerta

Os Estados Unidos suspenderam abruptamente a edição de 2025 da Conferência Espacial das Américas — aguardada para ocorrer em Brasília entre os dias 29 e 31 de julho, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) . Em nota, a FAB confirmou que “o evento foi cancelado por decisão dos Estados Unidos no dia 23 de julho” .

A Conferência Espacial das Américas tinha por objetivo fomentar a cooperação continental em áreas estratégicas — não apenas no uso militar do espaço, mas também nas dimensões econômica, de telecomunicações, pesquisa e navegação . Até 2024, o evento havia sido bem-sucedido: a edição anterior, realizada em Miami, contou com a participação de dez países, entre eles Brasil, Argentina, Canadá, Chile, México e Uruguai .

Além deste revés diplomático, os sinais de distanciamento prosseguem: os Estados Unidos sinalizam que poderão se abster de participar da Operação Formosa, principal exercício terrestre da Marinha brasileira, tradicionalmente realizado em Formosa (GO) . Em 2024, a operação reuniu cerca de 2.000 militares, mais de 100 viaturas, oito helicópteros e incluiu pela primeira vez unidades da Marinha da China e dos EUA atuando lado a lado .

Fontes consultadas pela imprensa indicam que, neste ano, os fuzileiros navais americanos não responderam ao convite brasileiro para participar da Operação Formosa, enquanto a China comunicou formalmente que também se ausentará . Dentro do governo Lula, assessores identificaram como “inoportuno” manter exercícios conjuntos com um país que aplica sanções ao Brasil .

A motivação deste comportamento de Washington encontra raízes na escalada da crise diplomática, eclesiástica e comercial entre os governos Lula e Trump. O presidente Trump denunciou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo brasileiro por conduzir uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro, estabeleceu sanções financeiras contra ministros do STF (como Alexandre de Moraes), revogou vistos de magistrados e servidores do Mais Médicos e impôs sobretaxas de até 50% sobre uma ampla gama de produtos brasileiros — uma retaliação econômica contundente .

Diante deste contexto, o Ministério da Defesa brasileiro tenta resguardar a cooperação militar estratégica, buscando preservar canais de diálogo e parcerias que ultrapassem a conjuntura política e ideológica . Oficiais-generais afirmam, sob reserva, que não se trata de um rompimento definitivo, citando como exemplo a recente participação de cargueiros militares dos EUA em Campo Grande (MS) para o Exercício Conjunto Tápio, com foco em simulações de guerra eletrônica, irregular e missões de paz .

Fontes adicionais revelam que o cancelamento dos encontros previstos para julho e agosto envolvia reuniões técnicas voltadas à discussão de projetos estratégicos para o Brasil — como programas de compra e manutenção de equipamentos militares (incluindo helicópteros Black Hawk, doze unidades, e mísseis Javelin, 222 unidades), além de mecanismos do Foreign Military Sales . Esses encontros impactariam diretamente iniciativas do Exército, da Aeronáutica (como os motores dos caças F-39 Gripen e os radares do Sistema de Vigilância da Amazônia) e da Marinha (programas de submarinos e de caráter nuclear) .

Síntese com viés à direita:

A decisão dos Estados Unidos de cancelar eventos militares com o Brasil expõe o custo real da política externa agressiva adotada pelo governo Lula. Ao adotar medidas de confronto — como abrir guerra com o STF, insultar magistrados e favorecer sanções unilaterais —, o governo brasileiro permitiu que aliados estratégicos — como os EUA — se afastem em áreas vitais de defesa e cooperação tecnológica. A perda de encontros cruciais que garantem acesso a tecnologias avançadas e manutenção de equipamentos impede o Brasil de manter sua soberania e superioridade defensiva.

Essa crise diplomática não é mera retórica ideológica: tem impacto direto sobre a capacidade operacional das Forças Armadas, sobre o alcance dos mais modernos sistemas de defesa, e sobre o desenvolvimento tecnológico no país. Sem aliados, o Brasil se fortalece? Ou acumula vulnerabilidades?

O governo brasileiro precisa urgentemente reavaliar suas prioridades: não adianta pregar amizade e diálogo se, na prática, se coloca no ostracismo geopolítico. A política externa deveria priorizar interesses nacionais — parcerias estratégicas sólidas, defesa da indústria de defesa e inteligências tecnológicas — e não ser servil a agendas ideológicas que isolam o país.