Quartéis militares não são palanques , ” minha espada não tem partido” diz comandante do exército

Em meio à solenidade do Dia do Soldado, realizada em Brasília nesta quinta-feira (21 de agosto de 2025), o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, ecoou a máxima histórica de Duque de Caxias: “minha espada não tem partido”. Com isso, reafirmou a pretensa distância entre a instituição e disputas políticas, renovando a invocação de que os militares devem seguir sua missão constitucional — longe de ideologias ou interesses partidários.

A cerimônia, marcada pelos 80 anos da participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, também destacou avanços futuros, como a abertura do alistamento voluntário feminino em 2026, sob um discurso que ressaltou a imparcialidade da corporação. A presença do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conferiu ao evento um tom de institucionalidade moderada — embora o simbolismo do comandante permanecesse firme em seu chamado à neutralidade.

No entanto, a fala de Paiva ressoa além dos símbolos: chega a leitores que defendem a manutenção das Forças Armadas acima das disputas ideológicas e partidárias, mesmo quando a política invade os quartéis. Em tempos de polarização e respeito à hierarquia, sua mensagem serve como escudo contra tentativas de politizar as fileiras — e reforça: os militares devem ser instrumentos do Estado, não ferramentas de partidos.