Assassino Marcos Vinicius Francelino confessou ter bebido antes do acidente que acabou na morte da criança de 7 anos

Na noite de sábado, 23 de agosto, uma família em Campo Grande enfrentou a dor e o espanto. No cruzamento entre a Avenida Conde de Boa Vista e a Rua Rio da Prata, no bairro Jardim Tijuca, o Renault Logan, conduzido por um homem de 39 anos, colidiu violentamente com um Fiat Uno em que viajavam quatro pessoas — entre elas, o garoto Miguel Nunes Alves Bezerra, de apenas 7 anos. A criança não resistiu aos ferimentos e morreu. Sua avó, de 61 anos, permanece hospitalizada em estado gravíssimo .

O condutor do Logan, que confessou ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir e registrou 0,65 mg/l no bafômetro, foi preso em flagrante . Surpreendentemente, sua incapacidade moral é agravada por falhas legais: o motorista do Uno — pai da criança — trafegava com habilitação vencida .

Segundo testemunhas, o autor do crime ignorou a sinalização de preferência e avançou o cruzamento em alta velocidade, em um evidente atentado à pacífica convivência no trânsito . Câmeras de vigilância captaram o impacto devastador: o Uno foi lançado contra um muro e girou completamente, enquanto um dos ocupantes foi arremessado para fora do veículo . A família voltava de um evento religioso quando o desastre aconteceu .

Esse episódio expõe falhas graves no cumprimento da lei e ínfima tolerância social com a irresponsabilidade que leva ao fim da vida de uma criança. Se o condutor estivesse em plena consciência das consequências — e respeitando normas básicas — essa tragédia poderia ter sido evitada. Ao admitir o consumo de álcool antes de dirigir, o motorista assumiu um risco óbvio; ao desrespeitar a sinalização de trânsito, optou pelo caminho direto para a criminalidade na direção.

É papel do Estado e da sociedade assegurar que tais atitudes sejam tratadas com rigor. A lei deve ser aplicada com severidade, e a cultura de impunidade substituída pela ética individual e responsabilidade civil. Cada liberdade individual tem limites: no trânsito, exceder esses limites é, muitas vezes, sinônimo de criminalidade.