Um assessor comissionado da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura de Mato Grosso do Sul ironizou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e fez duras críticas ao bolsonarismo em publicações nas redes sociais.
Lucas Barbosa de Castro, que se apresenta no Facebook como assessor de imprensa da pasta, compartilhou nos stories imagens em que aparece a frase “Bolsonaro condenado”, junto à foto do ex-presidente, e outro card afirmando que o bolsonarismo é um “delírio coletivo”.

Na postagem, o servidor publicou o seguinte texto:
“Bolsonarismo é um delírio coletivo que faz patriota ser contra a pátria. Cristão ser a favor da guerra. Político eleito ser contra a democracia. Militar pedir intervenção estrangeira. Cientista ser contra a vacina. Servidor público apoiar a privatização. Pobre ser contra taxar rico”.

De acordo com informações do Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, Castro recebe salário bruto de R$ 7.879,14 como servidor comissionado.
Procurado pela reportagem, o secretário Marcelo Miranda afirmou que iria apurar as informações, mas não retornou até o fechamento desta matéria.
Postura diferente do governador
Enquanto o assessor ironiza a decisão do STF, o governador Eduardo Riedel (União Progressista), chefe direto de Castro, tem se posicionado em defesa de Jair Bolsonaro. Filiado ao partido aliado ao PL de Tereza Cristina e ao PR de Bolsonaro, Riedel lamentou publicamente a condenação do ex-presidente e, em ocasiões anteriores, também criticou medidas como a prisão domiciliar imposta pelo ministro Alexandre de Moraes.
Riedel já declarou que a parceria entre União Progressista, PL e PR tem como objetivo lançar uma candidatura nacional ligada ao campo bolsonarista em 2026 — seja a do próprio Jair Bolsonaro ou de um nome alternativo, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
A postura crítica de Lucas Castro, portanto, contrasta diretamente com a de seu chefe, que tem atuado como aliado político do ex-presidente.








