Mulheres abandonam futebol enquanto atleta masculino permanece em torneio feminino

Tony Gol fala em diversidade e deixa claro que atleta trans continuará competindo

A nota publicada pela Arena Tony Gol após a polêmica no campeonato amador de futebol feminino não respondeu de forma direta se a atleta transexual seguiria ou não na competição. No entanto, a análise do comunicado aponta que, na prática, a decisão da organização foi a de manter a jogadora em campo.

O impasse ocorreu no último dia 6 de setembro, durante a partida entre Leoas FC e Fênix FC. O time Leoas se recusou a jogar devido à presença de uma atleta trans na equipe adversária e, em seguida, pediu a devolução da inscrição e se retirou do torneio.

No comunicado divulgado nas redes sociais, a Arena justificou que, pela ausência de regulamentação específica, a escolha foi manter a jogadora inscrita, o que levou à desistência do Leoas FC. Embora não tenha dito de forma explícita que a atleta seguirá na disputa, a nota afirma que os campeonatos da arena “são abertos a atletas de todas as idades e gêneros” e que apenas em futuros torneios serão aplicadas as normas nacionais de futebol.

Com isso, fica implícito que a jogadora trans permanece apta a competir nesta edição, e que a decisão já foi tomada em favor da inclusão.

A publicação também reforça o compromisso da Arena Tony Gol e de Tony Gol, seu fundador, com a diversidade, destacando que os torneios devem garantir espaço a todos os gêneros. Ao mesmo tempo, a nota não detalha se haverá ajustes nas regras atuais para lidar com novas situações semelhantes.

O episódio mantém a polêmica acesa e levanta debate sobre a ausência de critérios unificados para a participação de atletas trans no esporte feminino amador.