Gilmar Mendes tenta doutrinar a segurança pública e desautoriza quem combate o crime

A recente manifestação do ministro Gilmar Mendes sobre segurança pública escancarou uma crise profunda de credibilidade dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Quando ministros da mais alta corte do país sentem a necessidade de justificar suas decisões nas redes sociais, é sinal de que perderam a confiança da sociedade. E essa desconfiança não é gratuita — ela nasce de uma sequência de decisões e discursos que parecem proteger criminosos e punir quem os enfrenta.

O Brasil está farto de viver refém do crime organizado. Em comunidades dominadas por facções, o cidadão comum se vê abandonado, sem Estado, sem segurança e sem voz. Quando finalmente há uma resposta do poder público — como a recente operação no Rio de Janeiro, que confrontou o Comando Vermelho — a reação imediata do STF foi abrir investigação contra a polícia. Essa inversão de valores é o retrato fiel do abismo que separa Brasília da realidade das ruas.

Enquanto nos Estados Unidos se discute classificar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, o Judiciário brasileiro ainda hesita em tratá-los sequer como inimigos do Estado. O resultado é que criminosos fortemente armados, com acesso a drones e armamento estrangeiro, são frequentemente retratados como “vítimas”, enquanto policiais e autoridades que os combatem são colocados sob suspeita.

Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes têm defendido um suposto “equilíbrio” entre o combate às facções e a redução da letalidade policial — um discurso que, na prática, desestimula a ação das forças de segurança e fortalece o discurso progressista que relativiza o crime. O que está em jogo não é apenas uma disputa de interpretações jurídicas, mas o próprio sentido de justiça.

O povo quer proteção, não protocolos. Quer ver criminosos punidos, não defendidos por discursos humanitários seletivos. A cada operação policial colocada em xeque, a confiança na Justiça se desgasta ainda mais — e cresce a percepção de que o STF se tornou um escudo para a impunidade.

A fala de Gilmar Mendes, longe de esclarecer, parece uma tentativa de conter danos. É um gesto político, não jurídico. A paciência do cidadão com essa inversão moral — onde o policial é o vilão e o bandido é a vítima — está chegando ao fim. O Brasil exige ação, firmeza e verdade. O tempo dos discursos está acabando.