Lula deixa o país em meio à tragédia de tornado no Paraná e prioriza cúpula na Colômbia


Enquanto famílias inteiras lutam para reconstruir suas casas após o devastador tornado que atingiu o Paraná, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou neste sábado (8) para Santa Marta, na Colômbia, onde participa da 4ª Cúpula da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

O evento reúne representantes de 33 países da América Latina e do Caribe, além de 27 nações da União Europeia, e tem como pauta principal a crise na Venezuela e a presença militar dos Estados Unidos no Caribe. Contudo, a ausência de Lula em um momento de calamidade nacional gerou forte indignação nas redes sociais e entre parlamentares da oposição, que consideram a viagem um ato de insensibilidade diante do sofrimento do povo brasileiro.

O tornado que devastou o município de Rio Bonito do Iguaçu e outras regiões do estado destruiu casas, deixou centenas de desabrigados e interrompeu o fornecimento de energia e água potável. Moradores relatam que ainda não receberam auxílio federal efetivo, enquanto o presidente prioriza agendas internacionais de caráter político e ideológico.

Analistas apontam que a escolha de Lula de manter a viagem à Colômbia reforça sua postura de privilegiar alianças externas com regimes alinhados à esquerda latino-americana, enquanto ignora emergências internas. A ausência de um posicionamento firme ou de visita imediata às áreas atingidas tem sido vista como mais um sinal do distanciamento do governo federal em relação à realidade do país.

Após o encontro da CELAC, Lula deve retornar ao Brasil para participar da abertura da COP30, evento que também promete discursos sobre “mudanças climáticas” — ironicamente no momento em que brasileiros sofrem com os efeitos extremos do clima e com a lentidão da resposta estatal.

Mais uma vez, o governo federal demonstra que sua prioridade não é o povo, mas sim o palco político internacional.