Uma nova bomba abala o cenário político: uma empresa vinculada a um secretário nacional do PT teria recebido R$ 111 milhões de associações investigadas por desviar aposentadorias por meio de descontos irregulares feitos pelo INSS.
Segundo as investigações da Polícia Federal, essas associações, algumas sem estrutura real, firmaram parcerias por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS para descontar mensalidades diretamente da folha de aposentados — muitas vezes sem autorização expressa.
Esses recursos, segundo os investigadores, não iam apenas para pagar serviços ou representar os aposentados: boa parte seguia para empresas intermediárias, que funcionavam como ponte para lavagem e desvio de dinheiro. Uma dessas empresas, de propriedade de um secretário nacional do PT (cujo nome ainda não foi confirmado publicamente nas fontes abertas), teria sido uma das principais beneficiadas do esquema.
O possível elo entre o partido e o escândalo reforça as acusações que cercam a chamada “Operação Sem Desconto”, que estima um prejuízo de R$ 6,3 bilhões cometidos entre 2019 e 2024.
As sindicâncias apontam ainda para máquinas de marketing e captação de associados criadas apenas para dar aparência de legitimidade a associações que, na prática, não prestavam serviços de relevância real.
Do lado institucional, as consequências já começaram: a Justiça bloqueou R$ 119 milhões em bens de empresas e pessoas ligadas ao esquema.
Políticos de diferentes partidos agora exigem explicações rigorosas e transparência sobre os vínculos entre essas entidades, as empresas beneficiadas e representantes do PT. Alguns parlamentares já apontam para a possibilidade de envolvimento direto da cúpula do partido no que chamam de “fraude institucionalizada”.
As investigações permanecem abertas, e a CPMI do INSS (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) promete aprofundar os laços entre as associações, os repasses milionários e os responsáveis por trás dessas empresas intermediárias.
A repercussão política ainda é imprevisível — mas para muitos especialistas, trata-se de um escândalo de alto impacto que pode abalar a reputação do PT, num momento delicado para o partido no cenário nacional.








