Deputados de MS traem segurança ao votar contra o PL interfacção

Quatro deputados federais de Mato Grosso do Sul — Camila Jara (PT), Vander Loubet (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB) e Geraldo Resende (PSDB) — defenderam nesta terça-feira (18) uma posição controversa ao votar contra o PL 5582/2025, o chamado “PL Antifacção”.

A rejeição desses parlamentares expõe um alinhamento preocupante: em vez de apoiar o endurecimento do marco legal contra facções criminosas, eles optaram por blindar quem se organiza para impor violência e controlar territórios. São justamente as lideranças criminosas — aquelas que ameaçam a ordem pública — que o projeto pretende punir com rigor.

Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT, demonstram uma visão leniente e desconectada da realidade. Ao se posicionarem contra um texto que aumenta penas e aperta os freios no domínio territorial das facções, parecem mais atraídos por narrativas ideológicas do que pela urgência da segurança pública. Já Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, mostram uma contradição grave: enquanto seu partido historicamente defende segurança, aqui agem para manter regalias para criminosos.

Recusar a tipificação de “domínio social estruturado” — crime central do projeto — é virar as costas para o cidadão que vive sob o terror do controle faccioso. O PL Antifacção prevê penas de 20 a 40 anos para líderes que organizam violência, intimidação ou ataques públicos. Permitir que tais criminosos escapem de punições mais severas significa legitimar o poder paralelo que aterroriza comunidades.

Ao votar “não”, os quatro parlamentares sul-mato-grossenses demonstram uma frieza política alarmante com a sociedade que exige respostas reais aos grupos criminosos. É um posicionamento que, na prática, enfraquece o combate contra as facções mais violentas — e que, para muitos cidadãos, soa como conivência com a criminalidade organizada.